segunda-feira, 4 de maio de 2009

A Vacinação é importante






Mesmo com 7 vidas, vacinar a cada 12 meses, aumenta a saúde e qualidade de vida do seu Gato.






A maioria dos gatos estão vacinados contra muitas doenças infecciosas, desta forma muitas delas são relativamente raras. Mas quando não vacina o seu gato não só o mete em risco como a toda a população de gatos.


Todos os gatos devem estar no mínimo vacinados contra:

  • Enterite Infecciosa Felina ou Panleucopénia Felina;
  • Calicivirus Felino;
  • Rinotraqueite Felina;
  • Vírus da Leucemia Felina (FelV).

Também é recomendado vacinar contra o Clamídia. A vacina contra a raiva apenas é obrigatória para os cães, mas no caso de querer sair do país com o seu gato este tem que ser vacinado.

A vacinação inicia-se a partir das 6 semanas, com reforço as 10 semanas e outras as 14 semanas, depende do tipo de protocolo. Após a primo-vacinação a vacina começa a ser administrada anualmente.

Nos gatos adultos deve-se realizar o teste de despiste de FIV e FeLV sempre antes de serem vacinados, pois só assim podemos adaptar o protocolo ao animal em questão.

Vacinação e os Fibrossarcomas

Os sarcomas de partes moles correspondem a 7% de todos os tumores em pele e tecido subcutâneo que acometem os gatos, sendo o fibrossarcoma o tipo mais frequente.
Até o final dos anos 80 a incidência de fibrossarcoma em gatos era muito baixa e acometia, principalmente animais idosos. No início da década de 90, notou-se um grande aumento na incidência de sarcomas em gatos, principalmente a de fibrossarcomas. Pesquisadores relacionaram esse aumento com o surgimento de uma Lei estadual que obrigava a vacinação anti-rábica de todos os gatos, já que 75% desses sarcomas eram localizados em locais utilizados para aplicação de injecções, inclusive vacinas. A partir dai começaram associar alguns sarcomas com locais de aplicação de vacina, baseando-se na história clínica, local anatómico afectado e aparência histológica.

A patogenia exacta é desconhecida, mas a teoria mais frequente é que são causados pelos adjuvantes, que levam a estimulação de fibroblastos e miofibroblastos, resultando numa inflamação, que associada ou não a outros carcinógenos não identificados ou oncógenes, levam à transformação neoplásica e desenvolvimento do tumor. Para este argumento não há nenhum dado científico que o sustente. O principal argumento contrário é a raridade deste evento.

Num estudo feito em 2002 pelo Dr. Kass, em que foram analisados 31,671 gatos que receberam 61,747 doses de vacina, foram encontrados somente 2 sarcomas: um num gato que recebeu a vacina anti-rábica com adjuvante, e outro num gato que recebeu uma combinação de vacinas contra Leucemia Felina, Panleucopénia, Rinotraqueite, Calicivirose e Clamidia. Por tanto, neste estudo em que envolveu uma amostra extensa de gatos a incidência de fibrossarcoma foi de 1 caso para cada 30.000 vacinas aplicadas, o que prova a baixa incidência.

Algumas recomendações são feitas em relação á vacinação, como por exemplo:

No entanto o aparecimento de altos na zona de inoculação após a vacinação pode ser normal, e é importante que saiba a diferença entre reacção inflamatória de um fibrossarcoma para que não se assuste.

A inflamação é passageira, dolorosa ao toque e deverá desaparecer espontaneamente dentro de 3 a 5 dias.
Já o fibrossarcoma é duro, irregular e vai aumentando ao longo do tempo. O diâmetro é maior que 2 cms e pode ocorrer em mais locais.

Portanto a probabilidade de um gato ficar com fibrosarcoma, depois de ter sido vacinado contra o Vírus da Leucemia Felina, é muitíssimo mais baixa do que a probabilidade deste apanhar a doença por não estar vacinado.

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